Habilidades tecnológicas e bilíngues se tornaram essenciais para ter sucesso tanto no mercado de trabalho quanto no desenvolvimento pessoal
A formação bilíngue tem sido uma demanda da realidade atual, em que as nações estão conectadas por aspectos econômicos, sociais e culturais – o que foi impulsionado pelos avanços tecnológicos. Nesse contexto, dominar outro idioma, sobretudo o inglês, se tornou uma habilidade essencial para o sucesso no mundo conectado e globalizado.
Em um mundo digital onde a comunicação ultrapassa fronteiras geográficas, ser bilíngue permite interagir e colaborar com pessoas de outras nações e facilita o acesso a informações e conhecimentos. O bilinguismo também melhora as habilidades cognitivas, como a resolução de problemas e a criatividade, além de promover a empatia e a valorização das diferentes culturas. Falar duas línguas amplifica ainda a capacidade de aprender novas tecnologias e de se adaptar mais rapidamente a novas plataformas digitais.
Assim, em um mercado de trabalho cada vez mais interconectado, digital e competitivo, ter fluência no inglês é um diferencial que pode abrir portas e criar possibilidades de crescimento pessoal, acadêmico e profissional.
Bilinguismo e empregabilidade
Uma pesquisa realizada pelo site de busca de empregos Catho demostrou que somente 5% da população brasileira fala um segundo idioma e menos de 3% tem fluência em inglês. Outro levantamento da mesma organização apontou que um profissional com essa habilidade pode ter o salário até 61% maior do que alguém sem a proficiência.
Além de melhorar a remuneração, o estudo listou outros benefícios que o bilinguismo pode trazer para a carreira, como:
- maiores chances de contratação: ser bilíngue é um diferencial nos processos seletivos;
- maiores possibilidades de promoção: o inglês é o idioma mais falado no mundo, facilitando a comunicação e os negócios com parceiros e clientes estrangeiros;
- oportunidade de crescimento pessoal: saber a língua inglesa permite fazer cursos e workshops ministrados no idioma, expandindo conhecimentos e favorecendo a aprendizagem ao longo da vida (lifelong learning);
- ampliação da visão de mundo: a possibilidade de ter contato com diferentes culturas e consumir mais conteúdos e informações proporcionam uma compreensão mais diversificada do mundo;
- maior flexibilidade: pessoas bilíngues têm maior capacidade de adaptabilidade a novas situações e ambientes e de propor soluções originais para problemas — características muito valorizadas no mercado de trabalho.
- possibilidade maior de conhecer novos lugares: se o estudante ou profissional domina o inglês, ele tem mais chances de conseguir uma bolsa de estudo ou fazer uma viagem internacional a trabalho.
Além disso, podemos incluir a ampliação da rede de contatos internacionais e até a possibilidade de trabalho em outros países.
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Tecnologias educacionais e aprendizado do segundo idioma
A revolução tecnológica e a popularização das ferramentas digitais vêm facilitando o bilinguismo, tornando esses benefícios cada vez mais próximos de serem alcançados. No passado, ter fluência em um novo idioma exigia a frequência em aulas presenciais e a compra de material didático, o que foi flexibilizado pelas tecnologias educacionais.
Atualmente, o mundo digital disponibiliza vários recursos para quem quer aprender um novo idioma, tornando a fluência na língua inglesa mais acessível e prática. Plataformas de ensino online, aplicativos e sites permitem que os alunos aprendam inglês de forma personalizada, no seu próprio ritmo, e com ferramentas digitais, como vídeos, podcasts e jogos, que dialogam com a sua realidade.
No artigo “Tecnologia e metodologia no ensino de inglês: impactos da globalização e da internacionalização”, as autoras Kyria Finardi e Maria Carolina Porcino, da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), concluem que as tecnologias educacionais são indissociáveis do ensino da língua inglesa e que “devemos estar preparados para lidar com essas duas linguagens (tecnologia e inglês), tão indispensáveis para exercitarmos nossa cidadania no mundo globalizado, que também é digital”.
Elas alertam que o uso de quaisquer metodologias ou tecnologias deve ser, antes de tudo, crítico. “Assim, advogamos em favor de um ensino de inglês que leve em consideração o papel desse idioma no mundo atual (…) a fim de formar indivíduos mais autônomos e colaborativos, cidadãos da aldeia global e agentes de sua história e aprendizado, dominando essas duas linguagens e as usando em favor de si mesmos e da sua comunidade.”
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